Mar


Eu sou um forte desapego, me solto ,giro flutuante com dedos curvados parecendo concha e o tecido rendoso fazendo onda. A mão caída de lado e a outra apontando ao céu, deito e me retorço num suspiro inexplorável, jamais fingido, futuro. É prever as situações à serem vividas. É prever o mar, infinito-cama, limpa-me. Me cubro de peixes e sereias e minto adormecer para ouvir a melôdia chorosa que sai de boca-pérolas. Meus olhos devaneio, finge nem ver seus olhos obcessão. Mas veêm, límpidos e salgados.

Comentários

  1. Fez-me lembrar:


    "Minhas mesmas emoções
    São coisas que me acontecem".
    (Fernando Pessoa)

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