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Mostrando postagens de maio, 2009

Beija-Fulô toma conta do jardim

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Eu sou um beija-fulô Que gosta de beijar flor natural Eu gosto de saber que estás ai Amanhã trago seus brincos e bijouterias E eu não aguento toda essa alegria que você me faz sentir É bonito Fulô, me chame de novo daquele jeito lá, eu gosto. Obrigada por me emprestar um pouco de você As vezes parece longe demais essa sua voz Eu espero que não me espere, que não pare de tentar Você é linda, Fulô! Dedicado a Anazézim

Pai

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Ainda hoje lembro do jeito que cantava pra eu dormir. Da sua inoscência, da sua mágica, dos seus valores, dos seus temores, da sua humildade, do seu medo.Do seu jeito de dançar,de fazer graça, de me fazer rir, de me fazer chorar , das cócegas obrigatórias que você tem que suportar de mim, dos pagodes em viola que eu sou abrigada a suportar de você, do seu carácter, da sua simplicidade, da obrigação de me tornar cidadã, do medo de me perder pra outros, d'eu me apaixonar por outro que não seja você,e pode ter certeza que eu tenho o mesmo medo, da sua força, da sua timidez.Da sua gaguera, da sua careca, dos seus fios brancos, dos seus músculos, do jeito que respira fundo, às vezes ouço o barulho sem estar lá, das preocupações.O homem mais carinhoso que conheço, o mais bondoso, o melhor desenhista do mundo, o melhor pra se brincar de luta, o único que me abraça com amor, e não com tesão. Do seu jeito de me pedir as coisas, de me pedir desculpas,de ficar bravo , de ficar puto, o jeito

Trança

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e eu me perguntava, sou única? como todas são, até encontrar outra. depois de cansada, gastava as pontas dos dedos com os cigarros. ele segurava minha cabeça forte, quase me enterrava a presilha. e a salíva doce. sinto que estou perdendo,meus pés gelados meus cabelos bagunçados e eu me escorria e as mãos estranhas que me trançavam eu rezava mas não pude suportar seu meio riso menino a caneta que me riscava em seu papel velho todo de branco puta toda roxa e aceitei ser gerada por ele cada fio e eu me perguntava, sou transparente? como todas são, depois de um certo tempo. a embriaguez se fez reinar embaralhou-se comigo me apliquei, me quis meu ombro girava minha cabeça espero que não haja borracha ou visão lembre-se um chá talvez cure esse embalo talvez eu te espere e fique não sinto meus pés, azulejo da cozinha seu papel de pão e eu deixo você me desenhar como quiser e eu me perguntava, sou atriz? como todas são, quando fingimos ser a outra e a boca vermelha, a terra e o sangue eu aind