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Mostrando postagens de janeiro, 2009

A

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As árvores alegres, autênticas...absolutas. Abalam-se. Alguém absorve a alma ave, anjo...asas. Álias antes acontecia amor. As amantes ardem-se, assim...afim. Afeto aflora afinidades agradáveis, acabando a afobação. Ali abaixados...alinhavados. Assustada afaga a ameaça apreendida, a alcoólatra aturava alfinetadas adoçicadas aliada as atividades amorosas. Asemelhan-se as avassaladoras amoras avermelhadas. Apenas amoras apimentadas amamentam as almas andando arrependidas. Antigamente aqueles azuis alvos aqueciam as amargas amarras atando-as à acordes angelicais. Aprontando, apanhando, alcançando, apontando até a aurora ao amanhecer aperfeiçoado aparecer, abraçar-me,afagar-me...abandonar-ne ao anoitecer.

O balanço

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Meus dedos estão calejados de tanto aprender à sofrer,meu corpo já não é mas o mesmo...sinto dores em lugares que nem sabia que existiam, minha respiração falha sem eu ao menos perceber,quando olho para o horizonte só enxergo embaçamento.E quando me vejo no espelho não me reconheço mais, na minha memória está guardada a imagem daquela jovem moça...menina que gosta de brincar no balanço, sentir o vento batendo no rosto , os cabelos se enroscando ,olhar o céu azul ,azul, azul sem nenhuma nuvem...o sol lá longe piscando para mim, a única coisa que se ouve é o ranger da corda com o vai e vem do balanço...só isso num silêncio sem fim, e por um segundo esqueci de tudo ,da boneca, de moer cana,de varrer a terra,de olhar,de piscar, de respirar...esqueci de pensar, só fiquei alí...balançando sem se preocupar com nada .Senti.Pela primeira vez senti.A vida como ela deveria ser vivida, como ela deveria ser sentida. Balançando,balançando...poderia morrer ali ou o mundo acabar naquele segundo eu co

Capitolina

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Eu ainda era moça, quando ele me apareceu. Seu rosto nunca saiu da minha memória, lembro de todos os contornos. Sua boca lisa, mordidas fúteis. Seus olhos luz, seduz o que espera. Deve ser só isso, menti quando disse que lembrava de tudo.Oh! E suas mãos, como podia ter esquecido. Ele se aproximava e se dispersava com a fumaça, que não gostava.Me provocava com sua mãos macias , grossas e amavéis. Existiam sim toques obscenos se notasse. Mas eu gostava. Mergulhei nele, e ele...se deixou levar pelas minhas correntezas. Contornei , deslizei, perguntei e quase desacreditei. Ele era só meu ,e eu sabia disso.Casamos. Nunca tive medo de perdê-lo. Tivemos um filho.Ele não seria capaz disso. Eu sempre o amei, sempre, nunca me deixai levar por outro, a não ser por ele.Mas suas mãos.Ele era a minha juventude, eu o mastigava, deglutia e respirava. Suas mãos. Às vezes ele balançava nos meus amores e acreditava que eu não seria capaz, mas definitivamente suas mãos me induziam a loucura. Eu mergulhava