Perfeição
E as portas batiam, uma de frente a outra, simultâneamente. Batiam. Eram verdes, esculpidas talvez pelo mesmo artesão. Suas trancas, maçanetas e fechaduras eram douradas com detalhes em volta de florzinhas. Tinham as mesmas falhas ,as mesmas rranhuras, os mesmos buracos, a mesma vivência, a mesma vigilância , a mesma história e a mesma certeza.
Os dois abrião a porta repetidamente e sempre batiam. Os dois se encontraram no corredor e trocaram o mesmo olhar, se coencidião. Ela era viúva, vestia preto, ele era estudante, vestia preto.Ela o repreendia por algo, acho que pelos outros com quem morava. Enquanto os olhares contornavão um ao outro, ela desenvolvia movimentos absurdos de braços , cabeça e quadril que evoluiam com passar dos olhos, pois então resolveu entrar numa volta rápida, subitamente, batendo sua porta contra ele.
Ele, parado, assustado com aquela performance se via preso ao chão que era de uma cor escura, como tudo ao redor; Não andava, estava sem forças, humilhado.
Morava com outros de outras idades, ela não gostava desta afirmação, portanto à briga, acho...
E ele ali, sem se mecher começou a delinear as paredes com o olhar até chegar a uma fresta na parede contraria, na parede dela, e com o desenrolar das vistas a fresta foi se abrindo e aparecendo uma janela baixa e fina, infiltrou seus olhos nela, e com isto a viu, sentada em uma cadeira velha como ela ,de frente para a fresta e sorrindo um sorriso banguelo, mas sorria suculento. Ele com seu amor materno a observou por minutos longos e satisfatórios, era tanto gosto, que parecia que a estava vendo só com a roupa de baixo. Por fim ele pegou sua melhor parafina, sentou -se de frente a fresta e a observando do lado de dentro sorrindo, foi lhe moldando a dentadura
Depois disto as coisas foram ficando um pouco chamuscadas, misturadas, esfumaçadas...só o vi passando pelo meu lado direito com os braços atravessados dizendo algo para seus colegas de quarto ,enquanto ela depois de enfiar metade de seu crânio pela fresta saio atrás dele com uma expressão rancorosa , sem bater sua porta. Portanto todos saíram passando pelo meu lado direito, deixando um rastro de poeira e nuvéns e me rementendo a outro universo.
Conforme o uso do meu cérebro , vi um filho e uma mãe sentados nas escadarias o filho era cego e a mãe se tornou. Eles sorriam.
Os dois abrião a porta repetidamente e sempre batiam. Os dois se encontraram no corredor e trocaram o mesmo olhar, se coencidião. Ela era viúva, vestia preto, ele era estudante, vestia preto.Ela o repreendia por algo, acho que pelos outros com quem morava. Enquanto os olhares contornavão um ao outro, ela desenvolvia movimentos absurdos de braços , cabeça e quadril que evoluiam com passar dos olhos, pois então resolveu entrar numa volta rápida, subitamente, batendo sua porta contra ele.
Ele, parado, assustado com aquela performance se via preso ao chão que era de uma cor escura, como tudo ao redor; Não andava, estava sem forças, humilhado.
Morava com outros de outras idades, ela não gostava desta afirmação, portanto à briga, acho...
E ele ali, sem se mecher começou a delinear as paredes com o olhar até chegar a uma fresta na parede contraria, na parede dela, e com o desenrolar das vistas a fresta foi se abrindo e aparecendo uma janela baixa e fina, infiltrou seus olhos nela, e com isto a viu, sentada em uma cadeira velha como ela ,de frente para a fresta e sorrindo um sorriso banguelo, mas sorria suculento. Ele com seu amor materno a observou por minutos longos e satisfatórios, era tanto gosto, que parecia que a estava vendo só com a roupa de baixo. Por fim ele pegou sua melhor parafina, sentou -se de frente a fresta e a observando do lado de dentro sorrindo, foi lhe moldando a dentadura
Depois disto as coisas foram ficando um pouco chamuscadas, misturadas, esfumaçadas...só o vi passando pelo meu lado direito com os braços atravessados dizendo algo para seus colegas de quarto ,enquanto ela depois de enfiar metade de seu crânio pela fresta saio atrás dele com uma expressão rancorosa , sem bater sua porta. Portanto todos saíram passando pelo meu lado direito, deixando um rastro de poeira e nuvéns e me rementendo a outro universo.
Conforme o uso do meu cérebro , vi um filho e uma mãe sentados nas escadarias o filho era cego e a mãe se tornou. Eles sorriam.
"Capitu.Era Capitu, uma criatura muito particular, Mais mulher do que eu era homem."
ResponderExcluirTenho ainda que dizer que essa sua singularidade mundial é especial e insuperável?
Ainda preciso dizer que é uma Capitu muito capitosa?